Para muitos cristãos, é claro como a luz do Sol que Israel tem o direito inquestionável de possuir esta terra, respaldado por registros de promessas de conquista e ocupação presentes nas Escrituras Sagradas. Para essa maioria cristã, a nação de Israel ainda é o povo de Deus, e o Palestino se compara ao povo filisteu do Antigo Testamento. Com este olhar anacrônico, é simples escolher o lado.
Para uma parcela bem menor dos cristãos, da qual eu faço parte, o contexto é bem nebuloso. Para nós, não há escolha de lado. Há, por outro lado, a ética cristã expressa em compaixão e proclamação do Evangelho a todas as nações, inclusive para Israel e toda Palestina.
Para nós, considerar as histórias bíblicas de modo anacrônico e a partir disso prever os decretos inescrutáveis de Deus, como se tivéssemos capacidade de conhecê-los, é, na melhor das hipóteses, incapacidade interpretativa da Bíblia e da História e, na pior das hipóteses, uma arrogância teológica indiferente e macabra.
Para nós, a Igreja é o povo de Deus, um povo que é embaixador do Reino de Cristo Jesus às nações que ainda não experimentaram a paz que excede todo entendimento racional.
Para nós, não precisamos escolher entre Israel e Gaza ou entre Rússia e Ucrânia, muito menos precisamos politizar as guerras entre esquerda e direita. Para nós, o Senhor é Jesus, e nele nossa identidade é forjada nas bem-aventuranças, onde somos identificados como pobres de espírito, humildes, mansos, pacificadores e perseguidos por causa da justiça.
Para nós, nossa identidade e posicionamento estão em Cristo.
“Pois, em Cristo, Deus estava reconciliando consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados das pessoas. E ele nos deu esta mensagem maravilhosa de reconciliação. Agora, portanto, somos embaixadores de Cristo; Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: “Reconciliem-se com Deus!”. – 2 Coríntios 5
Transformai-vos!
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Talvez a comparação esteja errada no momento de falar escolhas. Seria opinar entre Israel e hamas e não povo palestino. Existem palestinos morando em Israel e são pessoas que não demonstram o ódio que alguns tem dos judeus e cristãos. Creio que todos nós carecemos da misericórdia de Deus, mas não podemos concordar com terroristas .
Olá Rosangêla!
Se você reparar, eu inicio o texto falando do nosso posicionamento sobre o direito à possuir aquela terra e não sobre o direito legítimo de se defender de um grupo terrorrista. Creio que você entendeu.