Cedo te amei

Diferente do Santo de Hipona, amei-te cedo, Beleza antiga!

Aos meus treze anos Te amei e conheci o prazer de conviver com Teu Santo Espírito. De joelhos me regozijei e prostrado aos Teus pés experimentei, com toda minha inocência, o prazer de tal experiência contigo. Experiências que serviram a continuam servindo de combustível para os meus dias atuais, para os meus momentos de lutas e provações, de prazeres e alegrias.

No caminho, encontrei outros prazeres, muitos outros depois de ser Teu. Me iludi e me decepcionei. Busquei amor em outras coisas, enquanto morava no amor. Me supri com estes amores e com eles também sucumbi, mas quando sucumbi me vi em Ti. Sou Teu e sei disso porque nesta jornada já tentei não ser. Sou Teu porque estou em Ti e aprendi que de Ti não posso sair. Sou como uma árvore enraizada em Ti e por Ti nutrido.

Peço perdão por achar que fora de Ti haveria melhor amor que o Teu. Procurei porque quando sofri, pensei seu amor ser fugidio. Errei, pois também no sofrer eu estava em Ti. Fugidio foram os outros amores que pousaram em mim. Incompletos, inconstantes e ingratos. Fiel é o teu amor onde estou. Onde sou, desde muito cedo, Teu. Forte e leve, calmo e puro, firme e pleno, meu lugar em Ti.

Obrigado por me amar, pois por amar-me cedo, cedo te amei. Por teu filho, Amém.

(Inspirado no relato de conversão de Agostinho de Hipona, registrado em suas Confissões, Capítulo XXVII.)


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