Quando eu era criança, não tinha dúvidas de que as pessoas e as circunstâncias durariam para sempre.
Ao chegar na adolescência, eu já sabia que as pessoas e as circunstâncias não permanecem por muito tempo.
A despeito disso, imaginei caminhos e me iludi com destinos, contando que a mera imaginação me levaria até lá.
Quando jovem adulto, percebi que precisava muito mais que imaginação para realizar meus sonhos.
Adulto, ainda vislumbrava caminhos e esboçava destinos, mesmo sabendo o quanto do amanhã me escapava.
Hoje, ao presenciar a morte de uma jovem menina, aprendi com ela o exato contrário.
É o inverso.
Já estou no destino porque já vivi até aqui e se daqui houver mais, já cheguei também.
A vida é aqui, este presente pulsante e a cada pulsar um privilégio de Deus.
E Deus não me deve mais amanhã, nem poderia me dever o que Ele mesmo já deu.
Me deu por sua graça, até o presente momento.
Se houver mais presente, é presente Dele.
E se não houver, Adeus!
Eu inverti.
Cheguei.
Em memória de Ana Carolina Galdino
Arte – Mãos desenhando-se – Por M.C.Escher
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