O post, a versão digital daquela garrafa na qual se coloca uma mensagem e a lança no oceano, na esperança de que alguém a encontre.
A internet é este mar repleto de garrafas aguardando quem as alcance.
A internet é este mar repleto de garrafas aguardando quem as alcance.
A selfie, este ato infame, criticado na mesma quantidade em que é cometido, acaba por ser a expressão mais primitiva deste oceano digital.
É a mensagem na garrafa que diz: “Eu existo! Este sou eu.”.
É a versão possível e tecnológica do espelho da rainha malvada que pergunta: “Existe, espelho meu…”.
É a mensagem na garrafa que diz: “Eu existo! Este sou eu.”.
É a versão possível e tecnológica do espelho da rainha malvada que pergunta: “Existe, espelho meu…”.
Calma, não estou aqui pra julgar o pecado que também cometo. Até porque ele tem seu sentido profundo. A selfie é a versão pós-moderna da mão pintada na caverna.
É a expressão instintiva do ser que se registra na história porque se sente parte dela e por isso quer ser lembrado.
É a expressão instintiva do ser que se registra na história porque se sente parte dela e por isso quer ser lembrado.
Afinal, só nosso rosto é capaz de expressar, sem linguagem, um pouco daquilo que herdamos e guardamos dentro do DNA e da Alma.
As dores e sabores, os afetos desafetos.
O rosto é o registro da gene combinada de dois sangues que se cruzam e formam um ser capaz de se expressar, ainda que errôneo, ignorante e incoerente.
As dores e sabores, os afetos desafetos.
O rosto é o registro da gene combinada de dois sangues que se cruzam e formam um ser capaz de se expressar, ainda que errôneo, ignorante e incoerente.
Porque, bem antes de qualquer modismo tecnológico ou julgamento contemporâneo, só há o humano, atemporal em si mesmo.
O Self puro, nítido, sem máscaras, nem garrafas.
O Self puro, nítido, sem máscaras, nem garrafas.
Eu.
Você.
Nós.
Agora, na história.
Você.
Nós.
Agora, na história.
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